O
aluno iniciou na U.E. no dia 19 de abril de 2012, frequentando todos os dias da
semana. No momento da matricula a mãe informou que o mesmo sofreu uma queda com
um ano e três meses de idade, e a partir daí foi constatado a perda auditiva
bilateral, sendo um dos lados perda profunda e do outro moderado. Foi relatado
também que o mesmo aguardava cirurgia para implante coclear.
No
dia 21 de maio, recebemos a visita das gestoras de uma escola para deficientes
auditivos, fomos orientados juntamente com os pais, de que o menor necessitava
da aprendizagem da linguagem de sinais (LIBRAS). A partir daí, o mesmo foi matriculado
nessa escola, frequentado duas vezes semanalmente, sendo as segundas e
sextas-feiras das 15 as 17hs, ficando então em nossa U.E, apenas as terças,
quartas e quintas-feiras.
Juntamente
refletimos sobre a importância de executarmos um trabalho em conjunto, até que
o mesmo se adapte a rotina e tenha tolerância de permanecer 4hs na escola
especial.
Inicialmente
o aluno chegou utilizando fraldas, tímido, e não interagia com as outras
crianças. A adaptação foi rápida, em pouco tempo aprendeu a interagir com as
outras crianças, compartilhando brinquedos, sendo amoroso com as professoras e
colegas, e demonstrando curiosidade, pelos objetos dispostos em sala, sempre
procurando formas de se comunicar, mostrando e apontando, locais ou pessoas. A
professora procura desenvolver algumas atividades em grupos reduzidos,
justamente para que o aluno possa participar de forma efetiva.
No
mês de setembro visitamos a escola para deficientes auditivos, tivemos a oportunidade
de observar o comportamento do aluno, que no dia em especial (talvez pela nossa
presença) nos pareceu um pouco tímido. A coordenadora nos informou que a
professora titular da classe havia tirado licença, por esse motivo havia uma
nova professora, elas relataram que o aluno é observador, e já consegue
assimilar alguns sinais. Fomos orientados para melhorar o atendimento
pedagógico do aluno, a criar uma rotina com figuras incluindo alguns sinais de
LIBRAS ao dia a dia escolar.
Após
essa visita tivemos um avanço significativo, como o desfralde, a partir do uso
do sinal de “banheiro”, o aluno já consegue fazer suas necessidades
fisiológicas no banheiro, e apesar de ser uma característica da faixa etária o
mesmo consegue se concentrar mais para realizar as atividades em papel.
Demonstra interesse pelas atividades com tinta, massinha e lápis.
No
mundo dos ouvintes, a grande maioria dos estímulos é oferecida de maneira
verbal, não sendo eficientes com os deficientes auditivos. Um bom desenvolvimento motor é
muito importante ao deficiente auditivo, pois é “através do corpo que mais
frequentemente experimentam situações de sucesso, tornando-se um recurso de
comunicação e interação social sem comparação”, e o aluno tem apresentado um
ótimo desenvolvimento motor, participando com interesse das atividades de
movimento, gosta dos brinquedos do parque agindo com autonomia na utilização.
O fato dele fazer acompanhamento medico faz com que falte muito, mas nos poucos momento que temos para trabalhar em seu desenvolvimento, procuramos aproveitar ao máximo para tornar o ambiente o mais proveitoso possível para sua aprendizagem.
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